26 de outubro de 2007

150 dias depois...

"Tenho pensado no triste acaso que é ir a tua casa e nunca te encontrar por lá. Provavelmente, saíste para algum lado, fazer umas comprinhas ou simplesmente dar uma volta para esticar as pernas. Não deves tardar mas, hoje não posso esperar. Tenho de ir. Volto noutro dia e espero encontrar-te porque estou com imensas saudades tuas."

Acho que é assim que me tenho defendido do desgosto de perder uma amiga. Uma grande amiga. Uma grande mulher e acima de tudo uma Grande Mãe. Ensinou-me tudo o que sei e sou tudo o que ela quis que eu fosse. Desde que a deixei de ver que mudei. Tornei-me uma pessoa ainda mais humana e, ainda mais preocupada com os outros. Tenho-me dado a acções de solidariedade, tenho-me inscrito em actividades que a possam de alguma forma deixar orgulhosa de mim. Tenho cuidado do meu avô como lhe prometi e tenho-me esforçado por estar sempre presente na vida da minha (outra)mãe.
"Sabes o que sinto mais falta, sabes? É de te tocar. De te agarrar a mão, de me deitar no teu colo e adormecer. Fazes-me falta e tenho raiva das pessoas que deviam ir e não vão. Não acho justo. Há tantas pessoas que se fossem ninguem lhes iria sentir a falta.... já tu......Quando vou ver o avô, subo sempre ao teu quarto e sento-me na cama, na mesma cama que invadia todos os fins-de-semana de manhã quando era mais pequena, aninhava-me do teu lado e ali ficava mais 1 hora, antes de nos levantarmos todos para irmos a Algés. Até disto tenho saudades. A cama tá vazia e a tua almofada o avô guardou-a".

1 malucos que cheiraram este Pum:

Anónimo disse...

A vida ´mesmo assim leva nos pessoas das quais iremos sempre ter saudades! Não podemos é deixar a saudade nos impedir de agir e a tua maneira de lutar e de honrar a memória é definitivamente a melhor!
Um beijo grande para ti que Também és uma GRANDE MULHER!

U.

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